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Curtis Giordani, Mário: História do Império Bizantino. Petrópolis: Editora Vozes Limitada, 1968, 10–11.

"Temporal Boundaries of the Middle Ages"


[p. 11]

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Delineados os possíveis limites temporais da Idade Média, passemos para o problema de seus limites geográficos que pode ser formulado da seguinte maneira: qual o cenário geográfico cujos acontecimentos se enquadram no período histórico em foco? Um simples passar d’olhos por sôbre os compêndios de História Universal revelará ao leitor que, sob a epígrafe «Idade Média», os autores colocam invariàvelmente três tipos distintos de civilizações: a Civilização Ocidental, que se desenvolveu a partir das grandes invasões e sob a influência marcante das concepções cristãs; a Civilização Bizantina e a Civilização Árabe. O quadro geográfico em que se originaram e se expandiram essas civilizações fornece os imprecisos horizontes territoriais da Idade Média.

Como o leitor terá observado imediatamente, os limites cronológicos e espaciais da Idade Média não só se revestem de um aspecto artificial mas excluem expressamente de seu âmbito civilizações importantes (como, v.g., a da China) que integram a grande corrente de acontecimentos constitutivos da História Geral da Humanidade. Na obra que estamos elaborando sob o título de Idade Média, estudaremos as três civilizações acima mencionadas e, de um modo acidental, as civilizações que com as mesmas apresentaram qualquer nexo no decorrer do milênio que vai desde a decadência do Império Romano do Ocidente até a queda de Constantinopla. Daremos ênfase à exposição dos acontecimentos que, especialmente no Ocidente Europeu, compõem a gênese de nossa civilização. Os eventos que, em outras regiões do globo (v.g., no Oriente Distante e na própria América Pré-Colombiana), se situam no mesmo plano cronológico da «Idade Média» deverão ser expostos em volumes à parte.

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